Éfeso: Parte 1
Atos 18:24-28 relata que, enquanto Paulo ainda estava a caminho de Éfeso, um cristão judeu chamado Apolo chegou a essa cidade. Ele era eloquente e tinha grande conhecimento das Escrituras. Apolo era seguidor de Jesus; isso fica claro na descrição de Lucas: “Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus” (At 18:25). No entanto, ele conhecia apenas o batismo de João. Tendo sido batizado por João Batista, Apolo conhecera Cristo durante Sua vida terrestre, mas deve ter se mudado da Judeia – provavelmente de volta a Alexandria – antes dos eventos da Paixão e do Pentecostes.
Isso explica por que Áquila e Priscila o instruíram “com mais exatidão” (At 18:26). Embora pudesse mostrar, mediante as Escrituras, que Jesus era o Messias de Israel (At 18:28), Apolo precisava conhecer o progresso do cristianismo desde o ministério de Jesus. Áquila e Priscila fizeram mais por Apolo: deram-lhe uma carta de recomendação para as igrejas na Acaia (At 18:27), o que lhe permitiu ter um ministério eficaz em Corinto (1Co 3:4-6; 4:6; 16:12).
1. De acordo com Atos 19:1-7, o que aconteceu com Paulo quando ele chegou a Éfeso?
A história de Apolo está ligada ao relato dos 12 homens que Paulo encontrou em Éfeso. Sua descrição como “discípulos” (At 19:1) e a pergunta feita por Paulo (At 19:2) indicam claramente que eles já eram cristãos. Ao mesmo tempo, sua resposta ao apóstolo mostra que, semelhantemente a Apolo, eles também eram ex-discípulos de João Batista, que haviam se tornado seguidores de Jesus sem terem passado pelo Pentecostes. Eles tinham agora a oportunidade de desfrutar uma experiência mais profunda com o Senhor.
“Chegando a Éfeso, Paulo encontrou doze conversos que, à semelhança de Apolo, tinham sido discípulos de João Batista e, como ele, alcançado algum conhecimento da missão de Cristo. Eles não possuíam a habilidade de Apolo, mas com a mesma sinceridade e fé procuravam espalhar o conhecimento que haviam recebido” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 282).
Devemos entender o novo batismo deles à luz dessa situação singular. Eles não estavam vindo de outra denominação cristã nem experimentando a conversão. Eles só estavam sendo reintegrados ao corpo central da igreja. O fato de terem recebido o Espírito e falado em línguas provavelmente significa que eles eram missionários cristãos, assim como Apolo, e que agora estavam sendo totalmente capacitados para testemunhar sobre Jesus Cristo, aonde quer que fossem.